ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A OFICINA DE INTERPRETAÇÃO DE MITOS E SÍMBOLOS PRESENTES NAS OBRAS  AUDIOVISUAIS

A Secretaria da Cultura do RS (Sedac), através do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), abre as inscrições para a oficina INTERPRETAÇÃO DE MITOS E SÍMBOLOS PRESENTES NAS OBRAS  AUDIOVISUAIS, que integra o projeto de capacitação profissional REVELANDO O RIO GRANDE.

Coordenada pelo jornalista e pesquisador Danilo Fantinel, a oficina será realizada em nove encontros, de 07 a 25 de fevereiro de 2022 (nas segundas, quartas e sextas), das 14h às 17h 30, num total de 30 horas, em formato virtual, pela plataforma ZOOM.

A oficina pretende oferecer formas de interpretação de filmes do cinema pela perspectiva do imaginário. Serão abordados os sentidos que enriquecem filmes cinematográficos, mas que nem sempre são visíveis na grande tela. Apresentará, ainda,noções e conceitos fundamentais para a interpretação fílmica na perspectiva dos estudos do imaginário, corrente teórica surgida na antropologia francesa, na década de 1960, e que hoje se alastra por áreas do conhecimento como literatura, artes, educação e comunicação.

Durante o curso, serão observadas noções acerca do imaginário humano de modo a compreendê-lo relacionando-o a concepções de imagem e imaginação, do simbólico e do mítico, do sagrado, cultural e artístico, chegando ao midiático e ao fílmico.

Filmes do cinema são compostos por imagens em movimento, porém elas guardam em si sentidos derivados de outro tipo de imagem: as imagens simbólicas e imateriais constitutivas do imaginário humano. Neste curso, ofereceremos percursos para a interpretação dos conteúdos do imaginário que instigam obras do cinema e que dão a elas sentido simbólico e potencialmente mítico. Entender o simbolismo intrínseco a um filme permite compreendê-lo mais profundamente”, salienta Danilo

Ministrante:

Jornalista, mestre e doutor em Comunicação e Informação pelo PPGCOM/UFRGS, Danilo Fantinel fez estágio doutoral na Université Jean Moulin Lyon 3 com bolsa oferecida pelo Programa Capes-PrInt. Sua tese sobre mitocrítica fílmica é uma proposta teórico-metodológica para a pesquisa em cinema na perspectiva dos Estudos do Imaginário. Danilo ministrou cursos de extensão sobre cinema, atuou como professor substituto no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e como docente do Centro Universitário Fadergs. Integrou as equipes de Zero Hora e do Portal Terra. Foi subeditor do portal clicRBS, editor online das rádios Atlântida e Itapema FM e repórter das revistas Vida Simples e Veja Porto Alegre, da editora Abril. É integrante do Imaginalis – Grupo de Pesquisa sobre Comunicação e Imaginário (CNPq/UFRGS), do Centre de Recherches Internationales sur I’Imaginaire (CRI2i) e da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS). É editor do website Cinematron.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 06 de fevereiro neste link.

O projeto Revelando o Rio Grande é uma realização da Sedac, por intermédio de convênio com o Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura do governo federal.

Apoio: Cinemateca Paulo Amorim.

OBSERVAÇÃO

O coordenador da oficina sugere que sejam assistidos previamente os filmes:

2001 UMA ODISSEIA NO ESPACO

UM CORPO QUE CAI

CIDADÃO KANE.

CRONOGRAMA DE AULAS

 ConteúdoTrechos de filme para debate
        Aula 1 07/02/2022    O imaginário antropológico na perspectiva teórico-metodológica de Gilbert Durand.   A relação entre imaginação, imagem e imaginário.   Imagem simbólica, símbolo e simbolismo.   Imaginário, cultura, artes e mídias.   Imaginário e cinema: como conteúdos simbólicos irradiam sentidos sobre filmes? Como compreender e interpretar a motivação simbólica e o teor imaginário de um filme?          O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (2009), de Terry Gilliam.
                    Aula 2 09/02/2022              A raiz arquetípica do imaginário.   O inconsciente coletivo e o arquétipo conforme a psicologia analítica de Carl Gustav Jung.   O animus, a anima e a sombra em Jung. Arquétipo da Grande Mãe e arquétipo do herói.   Arquétipos, imagens arquetípicas, imagens simbólicas e o imaginário.   A incidência arquetípica nos mitos, na cultura e no cinema.      Arquétipo da Grande Mãe   Metrópolis (1927), de Fritz Lang. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock. Carlota Joaquina (1995), de Carla Camurati. Aliens (1986), de James Cameron. Fome de Viver (1983), de Tony Scott. Gravidade (2013), de Alfonso Cuarón.   Arquétipo do herói (solar)   Aquiles na Ilíada, de Homero x Aquiles em Tróia (2004), de Wolfgang Petersen.   Arquétipo do herói (lunar)   Blade Runner (1982), de Ridley Scott. Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri.   Arquétipo do Velho Sábio   Ensaio sobre a cegueira (2008), de Fernando Meirelles. Deus e o Diabo na terra do sol (1964), de Glauber Rocha.   Arquétipo da feiticeira (bruxa, velha sábia; vidente, curandeira)   Mangue Negro (2008), de Rodrigo Aragão.   Arquétipo da sombra   Come True (2020), de Anthony Scott Burns.
          Aula 3 11/02/2022  Mito, simbolismo e cinema.   O mito como primeiro discurso, narrativa sagrada explicadora do mundo, dos humanos e dos deuses.   De narrativa simbólico-sagrada ao ápice literário: mito como fenômeno humano e cultural inspirador das artes, das mídias e do cinema.   As contribuições de Claude Lévi-Strauss, Mircea Eliade, Gilbert Durand, Edgar Morin, Jaa Torrano, Claude-Gilbert Dubois, Joseph Campbell, Christopher Vogler e Junito de Souza Brandão sobre o mito.   Mito, mitema e mitocrítica fílmica.   Mito e cinema.    Mitologia grega no cinema   Édipo Rei (1967), de Pier Paolo Pasolini. Antigona (1961), de Yorgos Tzavellas. Antigone (2019), de Sophie Deraspe.       Labirintos   O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick. O Cubo (1997), de Vincenzo Natali. O Labirinto do Fauno (2006), de Guillermo del Toro. A Origem (2010), de Christopher Nolan. Malpertuis (1971), de Harry Kümel.
          Aula 4 14/02/2022        Cinema e sonho   Imagens na escuridão: as contribuições de Robert Desnos, Edgar Morin, Luis Buñuel, Arlindo Macghado e Norvall Baitello Jr.   Sonho em Jung.   Arquétipos, imagens oníricas e as imagens do cinema.    Viagem à Lua (1902), de Georges Méliès. Segredos de uma alma (1926), de Georg Wilhelm Pabst. Um cão andaluz (1928), de Luiz Buñuel e Salvador Dalí. O Mágico de Oz (1939), de Victor Fleming. Quando fala o coração (1945), do Alfred Hitchcock. Os Esquecidos (1950), de Luis Buñuel. Oito e Meio (1963), de Federico Fellini. A hora do pesadelo (1984), de Wes Craven. Sonhos (1990), de Akira Kurosawa Ladrão de sonhos (1995), de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet. Mulholland Drive – A Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch. Paprika (2006) de Satoshi Kon. A pele que habito (2011), de Pedro Almodóvar. Um método perigoso (2011), de David Cronenberg.  
                  Aula 5 16/02/2022                Imaginário e cinema gaúcho.   Imagens do herói nos filmes de bombacha e no cinema histórico do Rio Grande do Sul.   O arquétipo da Grande Mãe em Anahy de Las Misiones.   Visões do gaúcho urbano.       Convidado – aguardando confirmação:   Rodrigo Figueiredo Nunes, pesquisador da PUCRS, falaria sobre os resultados de sua dissertação: “O cinema fantástico no Rio Grande do Sul (1960-2020)”.      Vento Norte (1951), de Salomão Scliar       Filmes de bombacha ou históricos   Ana Terra (1971), de Durval Garcia. Um Certo Capitão Rodrigo (1971), de Anselmo Duarte. Anahy de las Misiones (1997), de Sérgio Silva. Netto perde sua alma (2001), de Tabajara Ruas e Beto Souza.       Contemporâneos sobre a vida no interior Antes que o Mundo Acabe (2009), de Ana Luíza Azevedo. Caçador (2014), de Taísa Ennes Marques e Rafael Duarte.       Urbanos Um é Pouco, Dois é Bom (1970), de Odilon Lopez. Deu pra Ti Anos 70 (1981), de Nelson Nadotti e Giba Assis Brasil (Super-8). Urbano (1983), de Antônio Carlos Textor. Suco de tomate (2001), de biAh weRTHer. 3 minutos (1999), de Ana Luiza Azevedo. Tinta Bruta (2018), de Márcio Reolon e Filipe Matzembacher. A nuvem rosa (2021), de Iuli Gerbase.      
          Aula 6 18/02/2022    O imaginário do pandêmico no cinema pré-COVID-19.   Os conteúdos simbólicos que dinamizam os filmes sobre surtos, epidemias e pandemias que anteciparam a disseminação global de agentes patológicos como o novo coronavírus.   . Nosso interesse por ficções, horror, catástrofe. . A dualidade arquetípica de vida/morte. . A imagem do Caos. . Caos -> Noite -> Morte. . As narrativas míticas escatológicas acerca do fim do mundo como motivação simbólica do cinema. . Renovações, reinícios e refundações de mundo – o mitema do recomeço e a reorganização do Caos em Cosmos.    O Sétimo Selo (1957), de Ingmar Bergman. Mortos que matam (1964), de Ubaldo Ragona. A última esperança da Terra (1971), de Boris Sagal. Epidemia (1995), de Wolfgang Petersen. Filhos da esperança (2006), de Alfonso Cuarón. Eu sou a lenda (2007), de Francis Lawrence. Mangue Negro (2008), de Rodrigo Aragão. Ensaio sobre a cegueira (2008), de Fernando Meirelles. Juízo Final (2008), de Neil Marshall. Contágio (2011), de Steven Soderberg. The bay (2012), de Barry Levinson. A gripe (2013), de Sung-su Kim.
    Aula 7 21/02/2022  Mitocrítica fílmica – parte 1: a interpretação simbólica de 2001: uma odisseia no espaço.      Eixo cósmico, mitema da origem e saltos evolutivos em 2001: uma odisseia no espaço   Recomenda-se que os participantes do curso (re)vejam o filme antes da aula para a melhor apreciação dos conteúdos e do debate.  
    Aula 8 23/02/2022  Mitocrítica fílmica – parte 2: a interpretação simbólica de Um corpo que cai.  “O mitema do duplo e a imagem da queda espiralada em Um corpo que cai”.   Recomenda-se que os participantes do curso (re)vejam o filme antes da aula para a melhor apreciação dos conteúdos e do debate.  
  Aula 9 25/02/2022  Mitocrítica fílmica – parte 3: a interpretação simbólica de Cidadão Kane.  “A busca pelo paraíso perdido em Cidadão Kane”.   Recomenda-se que os participantes do curso (re)vejam o filme antes da aula para a melhor apreciação dos conteúdos e do debate.  

4 Respostas para “ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A OFICINA DE INTERPRETAÇÃO DE MITOS E SÍMBOLOS PRESENTES NAS OBRAS  AUDIOVISUAIS

  1. Mas bahhh! Tudo em fevereiro? Que maravilha isso gente. Parabéns pela programação de cursos.

    Leila

    Em qui., 27 de jan. de 2022 às 14:28, INSTITUTO ESTADUAL DE CINEMA escreveu:

    > IECINE-RS posted: ” A Secretaria da Cultura do RS (Sedac), através do > Instituto Estadual de Cinema (Iecine), abre as inscrições para a oficina > INTERPRETAÇÃO DE MITOS E SÍMBOLOS PRESENTES NAS OBRAS AUDIOVISUAIS, que > integra o projeto de capacitação profissional REV” >

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